terça-feira, 11 de outubro de 2011

Saudade



A saudade não existe fora,
Só existe dentro da gente

Por isso, por dentro,
Podemos nos libertar do tempo,
Mesmo que o tempo seja um fora
E não seja um dentro,
Mesmo que seja entre e de repente
E que não seja mais
O que por dentro
Tivéssemos por fora

Que me perdoem todos os matemáticos de ontem, hoje e sempre
O tempo não é apenas relógio, mas é também esfinge

Somente quem não finge
Pode retê-lo por fora
O que apesar, embora,
Por dentro o era,

A Esfera e o quadrado da saudade,
Batendo perfeitos dentro do peito,

E quem a cinge, a imortalidade de um momento,
A agrura de viver, o não do óbvio

Autor: Gustavo Ferreira Rossi

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