Mostre-me onde olhar, diga-me o que encontrarei

Se eu soubesse ao menos o que fazer seria muito fácil. As pessoas falam sobre dificuldade, dizem que preferem o fácil ao difícil… Sabe, eu não sei qual eu prefiro neste caso. O difícil parece um desafio. Sinto-me desafiado a decidir o que quero. Eu penso que decidi. Estou mais do que decidido, mas continuo me perguntando por que eu te escolhi. Sinceramente, não foram poucas as noites em que eu pensei em desistir de tudo e não levantar no dia seguinte. Então a música do celular toca, e por mais que eu queira acreditar que seja você eu me convenço de que quem me liga àquela hora é o despertador. Dentre tantas alternativas eu escolhi a menos provável. Contento-me com alguns textos. Sinto-me muito mais perto de você com eles. E quando eu não posso criá-los? Todas as vontades que eu tinha parecem se esconder. Sinto um tédio enorme e nada me agrada. Crio um mau humor que nem mesmo eu consigo me aguentar, e com a mistura de tédio, mau humor e essa dificuldade desabo em lágrimas. Quantas vezes eu me peguei tentando cobrir esses pensamentos debaixo do cobertor eu perdi a conta. E quantas vezes eu tentei me distrair tentando não pensar nisso tudo foram incontáveis. Não consigo entender o motivo disso tudo, mas pode ser que seja aquela palavra tão difícil de dizer quanto o que me desafia.

Escritor: Everton Mitherhofer Bernardes