domingo, 18 de dezembro de 2011

Colegas, amigos, familiares


Qual foi o meu melhor ano? Algo difícil de dizer, principalmente por todos terem altos e baixos. Poderia dizer que os melhores foram os da minha infância, afinal, tudo era muito mais simples. As paixões eram apenas achar a garota bonitinha e mandar cartinhas. Hoje as coisas são um pouco mais complicadas – claro que todos nós damos uma valorizada na hora de contar para alguém sobre aquela pessoa que nos deu um toco, mas no fundo dói de verdade. E esse ano não foi diferente. Foi o ano em que eu fiz a maior quantidade de amigos. Em compensação, foi o ano em que eu mais perdi amigos. Dos importantes, sabe? Aos quarenta e cinco do segundo tempo, consegui recuperá-los, assim como conseguir estragar algo, por menor que fosse. Magoei sem querer magoar, me apaixonei sem querer me apaixonar, sofri sem querer sofrer e briguei sem querer brigar. Mas eu não me arrependo de nada do que eu tenha feito. Consequências fazem parte da vida, logo, temos que aprender a lidar com elas. Me arrependo, sim, do que deixei de fazer, e do que deixei escapar por entre os meus dedos. Acho que as brigas ajudaram nos meus relacionamentos. Brigas que depois desaparecem deixam tudo mais maduro e todos começam a pensar mais antes de fazer algo errado – ou, ao menos, deveriam. E foi isso o que aconteceu. Mesmo que eu tenha brigado diversas e diversas vezes com amigos, colegas e até mesmo os meus pais, tudo se tornou mais maduro quando esquecemos tudo. Eu, quando pequeno, jamais imaginaria que me daria bem com a minha irmã. Era briga a cada dez minutos, mas acho que isso foi o que ajudou na nossa amizade. Acabei por conhecê-la melhor e vice-versa, aprendendo a ter uma conversa sem discussões. Meus pais? Poxa, até hoje eu discuto com eles. Respondo, sim. Quando eu acho que posso expor a minha opinião. Porque eu sei que mesmo que eles tenham a opinião deles, eu tenho a minha, que pode ser diferente. Já com os meus amigos é outra coisa. As brigas não são tão frequentes, mas quando acontecem são de causar ódio e saudade. Sabe quando você tem uma novidade para contar e, quando se toca, seu amigo não está lá por uma briga idiota que vocês tiveram dois dias atrás? É a hora que você vai pedir desculpas e tudo fica bem. E isso se repete muitas vezes, com todos os outros. Mas vou lhe dizer uma coisa; pior do que não poder falar com o seu amigo porque brigou é saber que vocês já não têm tanta intimidade, que sumiu com o tempo. Ou até mesmo saber que em breve vocês mal vão se ver. E é aí que a saudade bate antes do que deveria.


Autor: Everton Mitherhofer

4 comentários:

  1. Verdade, agora bateu saudade dos meus :/ (Adoreii *-*)

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  2. Seguindo meu Blog eu sigo de volta.bjs

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  3. Um texto muito verdadeiro.Demostra em palavras o quanto erramos ao deixar de aproveitar momentos com os amigos, por idiotices.

    Luana viana

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