Pleonasmo

Repetiu-se o espetáculo.  Na esperança de exprimir tímidas palavras , quem libertou-se foram as incovenientes porém sempre dispostas lágrimas , que descarregam o amargor e confinam as palavras, que me faltam ao ver seu rosto delineando-se de tristeza. Às vezes , juro que por momentos o vejo indo-se junto a elas. Recupero-me. De nada adiantou senão deixá-lo mais confuso. Mesmo assim protege-me e acolhe-me com suas doces palavras de amor e incerteza. Incerteza. Em meio a turbilhões de pensamentos , torna-se constante , une-se á insegurança , torna-me fraca. Pois bem , analisando-me rapidamente creio que se mais fraca fosse , nao poría-me em pé. Luto contra isso todos os dias. Creio que seja minha meta atual. Difícil  ( pronuncio-me assim pois tenho absoluta certeza de que não consigo ) é tentar esconder a dor contínua que me corta o coração. Culpo-me. Afinal , desprovido de auto-estima é aquele que alimenta esse tipo de sentimento. Porém ,tento fazer disso um motivo a mais para fazer aquele dia , momento ou beijo ser de fato, especial. Há momentos em que acho egoísmo de minha parte deseja-lo ao meu lado. Afinal , sou consciente sob as condições que isso lhe impõe. Penso que analisando pelo lado dele , nao vale a pena. Talvez por isso eu sinta crescer a cada dia a admiração por aquele ser que me parece tão ilógico. Lógica.Não defino-me como a pessoa ideal para citá-la. O lógico seria eu agradecer a cada minuto pelo que me foi oferecido , e que por pura ignorância , quase deixei escapar. Novamente sinto os olhos marejados ao imaginar-me sem ele. Mergulho em um vazio e só o que escuto são suas doces palavras. Quase sinto culpa ao responder-lhe. Na verdade ainda não concegui decifrar tal sentimento. Ao meu ver , funciona como um resgate de uma realidade obscura que criei em minha mente , talvez por tolice , talvez para dar-me conta do quão feliz eu posso ser e posso torná-lo. Assim espero. Autora: Mayra Aquino