As pessoas dizem que não temos que esquecer alguém só porque este alguém morreu. Elas dizem que este alguém sempre estará com você, em seu coração, enquanto você se lembrar dele, e que a morte jamais separa um amor. Eu penso que isso se aplica a distância também; distância medida em anos, distância medida em quilômetros. Sendo assim, dizem que a "distância" jamais separa, jamais mata, e que uma pessoa continua ali, contanto que você pense nela. Não seria essa uma forma de imortalidade? Não seria essa uma última tentativa de manter vivo algo que já se foi? Acho que todos esses cantores e poetas no final tentam é fazer com que suas amadas permaneçam para sempre vivas em seus poemas e canções, fazendo todos cantarem com eles suas memórias.
Hoje eu me sinto culpada, tendo em vista tudo isso. Hoje eu me sinto culpada, porque eu nunca tentei te imortalizar. Eu nunca tentei escrever sobre você nenhuma linha sequer. Eu nunca tentei avivar sua memória, nunca tentei te manter vivo. Verdade que você sempre esteve em mim, mas suas memórias estão cuidadosamente mantidas em cativeiro e eu não quero voltar a tudo aquilo, mas eu simplesmente não posso deixá-lo ir.
Dedico a você, meu querido amigo, estas linhas como forma de agradecimento. Espero imortalizá-lo, da melhor forma que o tenho em mim. Espero imortalizá-lo e manter vivo parte do teu legado. Espero que o teu olhar inocente não seja morto em seus pequenos momentos raivosos, não agredindo de forma alguma teu sorriso, aquele que me fazia tão bem, e que junto aos teus lábios faziam o som mais lindo já pronunciado. Imortal mesmo, eu queria que se tornasse aquele dia, quando chorando eu me encontrava já sem rumo, e foi nos teus braços que eu achei beleza, achei prenda, achei aconchego, achei amor. Você disse "minha princesa", e como o nome da mais bela flor me chamou, me fazendo querida. Me faltam palavras para descrever.
E foi perfeito enquanto durou, nosso lugar na escadaria de Vaniller, então eles construíram um prédio encima, e as marcas que já não voltam mais... Eu tentei, veja bem, eu peguei a chance, eu dancei verdadeiramente na chuva, eu espalhei com você o amor por aí, mas isso não foi suficiente. Não que eu me queixe, não me tenha mal, sei a consistência daquilo, mas perceba agora a razão de tudo isso.
Não, eu não deveria torná-lo imortal com poucas linhas que não lhe fazem juz nenhum, e muito deixam a desejar. Mas tu já és eterno em mim, e meu coração sempre será o mesmo imoral, imortal, que se recusa a te esquecer. É neste momento, meu caro, em que eu posso reviver o teu brilho. Posso dar um passo para trás e quase deixá-lo ir, nessa tua única necessidade de ser imortal, de ser duradouro, de ser a solução para quem tem sede de amar.
Escritora: Gabriela Vasconcelos Moraes.
Texto Muito bom ^^
ResponderExcluirconcordo com a ideologia da autora de como imortalizar alguém.... Pensei sobre isso a alguns dias atrás....
Gostei muito *-*
De todos que li esse me parece o mais complexo!
ResponderExcluirbom, eu queria que visitasse meu blog, pode?
http://roberto-fonseca-junior.blogspot.com/
Essas palavras falam tudo o que eu não tenho coragem de dizer...
ResponderExcluirOMG! foi postado,. não acredito!
ResponderExcluirEscrever é uma arte!!! Parabens... Da pra sentir a sinceridade atraves das palavras ;)
ResponderExcluirMuito lindo
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